“Agora que estou feliz, estou triste…
Agora que aproveito, desaproveito…
Agora que sei, interrogo-me…
Gosto da vida. Sou feliz.”
Não me pergunto, não me questiono, apenas sinto. Estou consciente de todos os poros na minha pele, de todos os meus órgãos, como funcionam minuciosamente para que possa sentir a vida. Sei exactamente quando a minha boca se rasga num sorriso, quando uma lágrima está prestes a escorrer na minha cara… E assim, sinto-me pequena num corpo de grande, sinto-me a envelhecer na imortalidade, por dentro tudo muda, cresce. Por fora a juventude renasce a cada dia que passa. Estou feliz. Estou curiosa pelo que tenho, estou ansiosa pelo que ainda me vem para as mãos. Estou viva. Estou atenta ao que me rodeia, estou de braços abertos e fechados. Vejo o que só meus olhos conseguem ver. Escondo-me da inveja, fujo de maldades, fecho a porta ao egoísmo. Sinto-me capaz. Sinto-me aqui, tão presente. Do futuro não sei. Do passado, lembranças. Estou caída neste momento, e estou bem. Não estou deprimida. E mesmo que ninguém o consiga ver, mesmo que ela não consiga ver, nada posso fazer. Basta olhar para mim. O que me faz deixar cair as pontas da minha boca, o que me faz ficar de olhos cinzentos, é a sua incapacidade de me ver. De me ver de verdade. Eu estou bem. Ainda não peguei meu rumo, ainda me perco nas escolhas, mas uma coisa sei, a escolha vai ser acertada, porque o que quero é ser feliz, e estou. E é para lá que continuo a caminhar. Tive de crescer depressa, tive de morrer por uns anos,e agora pude voltar a viver, para abrir os olhos e ver mais além do meu pensamento. Tive de dar um tiro na cabeça para por fim a uma porca miséria indesejada. E daqui, estico os braços e com as pontas dos dedos consigo tocar naquilo que me fez saltar. Eu sei o que quero. Quero tudo! Quero ser tudo! Quero o mundo! E deixando de viver em sonhos medrosos da realidade que possam vir a ter se a força interior conseguisse agarra-los… Eu vou. Eu quero, eu posso! E em mim eu mando. Marcar-me na diferença. Sonhar alto não é pecado! Não está errado. Errado é dizer: não sou capaz. Não consigo. A ninguém devo provas. Apenas a mim devo uma vida. Vou estar no rio da morte e sentir que fui até lá pelo caminho mais longo, pelo caminho que mais me deu prazer, pelo caminho da minha vida, escrita, pintada, desejada, querida, orada, vivida pelas minhas próprias mãos. Eu tenho essa força em mim, eu tenho esse poder, eu tenho essa vontade. Na complexidade da simplicidade da vida, ao seu cume eu vou chegar. Nirvana, Eudaimonia, Utopia, chamem-lhe o que quiserem. Se lá chegaram uns tantos, eu também lá consigo chegar. Qualquer um consegue chegar. Estendo em palavras o abstracto. E num silêncio calmo, sereno, e sábio deixo em aberto ao conhecimento…
Agora que aproveito, desaproveito…
Agora que sei, interrogo-me…
Gosto da vida. Sou feliz.”
Não me pergunto, não me questiono, apenas sinto. Estou consciente de todos os poros na minha pele, de todos os meus órgãos, como funcionam minuciosamente para que possa sentir a vida. Sei exactamente quando a minha boca se rasga num sorriso, quando uma lágrima está prestes a escorrer na minha cara… E assim, sinto-me pequena num corpo de grande, sinto-me a envelhecer na imortalidade, por dentro tudo muda, cresce. Por fora a juventude renasce a cada dia que passa. Estou feliz. Estou curiosa pelo que tenho, estou ansiosa pelo que ainda me vem para as mãos. Estou viva. Estou atenta ao que me rodeia, estou de braços abertos e fechados. Vejo o que só meus olhos conseguem ver. Escondo-me da inveja, fujo de maldades, fecho a porta ao egoísmo. Sinto-me capaz. Sinto-me aqui, tão presente. Do futuro não sei. Do passado, lembranças. Estou caída neste momento, e estou bem. Não estou deprimida. E mesmo que ninguém o consiga ver, mesmo que ela não consiga ver, nada posso fazer. Basta olhar para mim. O que me faz deixar cair as pontas da minha boca, o que me faz ficar de olhos cinzentos, é a sua incapacidade de me ver. De me ver de verdade. Eu estou bem. Ainda não peguei meu rumo, ainda me perco nas escolhas, mas uma coisa sei, a escolha vai ser acertada, porque o que quero é ser feliz, e estou. E é para lá que continuo a caminhar. Tive de crescer depressa, tive de morrer por uns anos,e agora pude voltar a viver, para abrir os olhos e ver mais além do meu pensamento. Tive de dar um tiro na cabeça para por fim a uma porca miséria indesejada. E daqui, estico os braços e com as pontas dos dedos consigo tocar naquilo que me fez saltar. Eu sei o que quero. Quero tudo! Quero ser tudo! Quero o mundo! E deixando de viver em sonhos medrosos da realidade que possam vir a ter se a força interior conseguisse agarra-los… Eu vou. Eu quero, eu posso! E em mim eu mando. Marcar-me na diferença. Sonhar alto não é pecado! Não está errado. Errado é dizer: não sou capaz. Não consigo. A ninguém devo provas. Apenas a mim devo uma vida. Vou estar no rio da morte e sentir que fui até lá pelo caminho mais longo, pelo caminho que mais me deu prazer, pelo caminho da minha vida, escrita, pintada, desejada, querida, orada, vivida pelas minhas próprias mãos. Eu tenho essa força em mim, eu tenho esse poder, eu tenho essa vontade. Na complexidade da simplicidade da vida, ao seu cume eu vou chegar. Nirvana, Eudaimonia, Utopia, chamem-lhe o que quiserem. Se lá chegaram uns tantos, eu também lá consigo chegar. Qualquer um consegue chegar. Estendo em palavras o abstracto. E num silêncio calmo, sereno, e sábio deixo em aberto ao conhecimento…
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